Os casamentos consanguíneos são relações matrimoniais entre
indivíduos com um grau de parentesco muito próximo (exº: entre irmãos, primos de primeiro e segundo grau, pais com filhos, etc...).
A palavra consanguíneo é originária do Latim ("con"+"sanguine"), que significa "do mesmo sangue".
Qual é o problema associado ao casamento consanguíneo?
Um dos problemas associado ao casamento consanguíneo entre outros é o facto de aumentar a probabilidade da transmissão de genes recessivos aos filhos.
A transmissão de genes recessivos é problemática uma vez que algumas
doenças são causadas por estes genes tais como: retardamento mental, surdez congénita , displasias ósseas, cegueira e distúrbios metabólicos.
Ainda mais problemática pois estes genes recessivos podem ser letais.
Muitos de nós temos genes letais no nosso genótipo mas estes não se manifestam se for um caso de heterozigotia em que o gene letal é recessivo.
Ao nos cruzarmos com um parente os genes recessivos letais podem encontrar-se, uma vez que o nosso genótipo é muito parecido ao dos nossos parentes (irmãos, pais, primos, etc...), esses genes letais vão estar nas mesmas "posições" ("loci").
Assim concluímos que o casamento consanguíneo contribui para um aumento da transmissão desses genes recessivos letais.
Achei este post muito interessante, uma vez que ainda não me tinha sido esclarecido qual o problema e a gravidade das relações matrimoniais entre pessoas do grau de parentesco muito próximo! Ana Conceição
ResponderEliminarNão me diga que não foi à aula na semana anterior?!!! Ou estava a dormir?!!!
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarJá tinha ouvido falar desta situação, o meu avô contou-me uma situação verídica(que se passou à aproximadamente 50 anos) acerca desta questão, em que uma mulher tinha casado com um primo-irmão e tiveram uma filha que veio a sofrer de uma espécie de retardamento mental e possivelmente de outros problemas.
ResponderEliminarPara além dos indivíduos, fruto destes relacionamentos puderem vir a sofrer problemas graves como os mencionados, também se vão sentir "mal" na sociedade em que vivem, e mesmo no próprio relacionamento familiar.
Boa escolha do post, Miguel :)
- Elisabete
Obrigado pelos vossos comentários.
ResponderEliminarEu achei este tema interessante e ao mesmo tempo tive a oportunidade de aplicar a matéria dada em Biologia sobre genes recessivos, letais, etc...
Não é um tema actualmente muito falado mas embora todos saibamos que o casamento consanguíneo é perigoso a maioria das pessoas não sabem porquê!!!
Miguel Coelho
Sempre fiquei assim surpreendida quando ouvia que antigamente primos casavam com primos, etc, etc. E sempre fiquei a pensar em como é que os filhos seriam. E é obvio que casar com alguem da sua propria familia, é no minimo estranho. Mas sempre tive a noção que esses casamentos consaguineos eram perigosos, mas nunca entendi o porquê. E com este post do Miguel, finalmente percebi! E entendi ainda melhor uma vez que está relacionado com a matéria que estamos a dar em biologia. Gostei, Miguel, era um acontecimento que sempre me intrigou, e finalmente foi esclarecido!
ResponderEliminarOlha outra que não foi à aula na semana passada!!!!
EliminarEste post foi extremamente esclarecedor e elucidativo. É verdade que todos nós já sabíamos que casamentos consanguíneos resultavam em descendência muito mais frágil e suscetível a doenças mas eu (tal como muitos outros, julgo) não sabia qual a razão. De certeza que se isto tivesse sido descoberto há alguns (muitos) anos, as famílias reais teriam tido mais cuidado com os casamentos!!! Com aquele capricho de manter o 'sangue azul' no mesmo círculo familiar, as famílias reais sujeitaram-se a graves doenças genéticas hereditárias e mortais. Agora faz todo o sentido porque é que casamentos consanguíneos, regra geral, resultam em pessoas doentes. Esta existência de genes recessivos (determinantes de certas doenças) em ambos os progenitores cria as condições ideais para que a descendência manifeste o fenótipo recessivo (a doença) e, se chegar à idade de se reproduzir, esta condição perpetuar-se-á por muitas gerações. É necessário por isso ter cuidado. Este post fez-me lembrar a história de amor do Carlos Eduardo e da Maria Eduarda!!! Já viram que chatices teriam havido se eles tivessem casado e tido filhos!!! Foi uma escolha muito boa Miguel, Parabéns.
ResponderEliminarConheço um caso igual ao que a elisabete referiu e o individuo descendente tem um retardamento mental em que até o andar e a maneira de falar é diferente.
ResponderEliminar-Sara
A escolha do post foi boa. Muito adequado e vem consolidar aquilo que parece que ninguém ouviu na aula!!! No entanto, deverias ter colocado uma análise/reflexão tua, como eu tinha indicado, onde devias ter aproveitado para explorar esta temática. Para além de não comentares também não indicaste a referenciação do recurso!! Percebes onde perdeste pontos?!!
ResponderEliminar